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Como definir o formato da competição e a jornada dos participantes?

Desafios podem tomar diversas formas a depender dos objetivos, recursos disponíveis e capacidade institucional para realizá-lo.

O conteúdo deste post foi adaptado do livro Inovação Aberta na Prática, escrito por Bruno Martins RizardiTomaz Vicente Santos, que será lançado em breve pela GNOVA/Enap, como parte da coleção Inovação na Prática. Confira os títulos já disponíveis clicando aqui

 

Outro elemento importante a ser definido é a modelagem do ciclo de inovação aberta, que deve respeitar as restrições e possibilidades jurídicas da instituição, bem como os recursos disponíveis, por isso recomendamos que a competição seja desenhada em paralelo à modelagem jurídica do desafio.

Dois aspectos fundamentais para definir a estrutura de uma competição são o faseamento e a supervisão. O faseamento se refere à divisão de uma competição em etapas, normalmente marcadas por triagens, seleções ou algum tipo de afunilamento dos proponentes. Já a supervisão diz respeito ao grau de orientação e suporte que as participantes da competição receberão.

Desafios abertos podem ser organizados a partir da combinação destes aspectos ou ainda podem resultar de uma modelagem mista, com algumas fases supervisionadas e outras não-supervisionados.

Faseamento

O faseamento é especialmente útil quando se espera um alto número de propostas, pois ajuda a progressivamente qualificar e afunilar a quantidade de competidores. Em geral se definem critérios de seleção para cada uma das duas ou mais fases eliminatórias de um desafio faseado, sempre com a diretriz de selecionar apenas as propostas mais maduras para a próxima etapa.

Competições faseadas costumam durar mais tempo e não raro exigem a formação de bancas avaliadoras distintas para avaliar cada fase do desafio, bem como critérios claros e transparentes de aprovação ou reprovação de propostas. Também é possível criar fases cujo objetivo não é eliminar propostas, mas sim criar espaço para feedbacks estruturados sem necessariamente resultar na desqualificação de proponentes. A ideia aqui é criar espaços de apoio para que proponentes possam progressivamente melhorar suas soluções antes de ingressar a etapa eliminatória.

Supervisão

A supervisão pode acontecer sob a forma de mentorias, formações, palestras, oficinas, espaços de prototipagem ou qualquer outra atividade em que a organização da competição ajude os proponentes a refinarem suas propostas. Supervisões são importantes para competições quando:

  • espera-se que as soluções sejam desenvolvidas ao longo do desafio, ou

  • os proponentes precisam adaptar suas soluções progressivamente, ou

  • o público tenha pouca experiência (universitários, por exemplo).

Como regra geral, supervisores não podem fazer parte de nenhum dos times competidores nem da banca de avaliadores, para garantir a imparcialidade no processo. A seleção de supervisores costuma atentar à sua expertise em áreas técnicas (como tecnologia, design, negócios) ou na área temática da competição. 

Cronograma

O cronograma será definido a partir da combinação da quantidade de fases, tipo de supervisão e modelo de competição que irá ser promovida. É importante ter claro esse cronograma desde o início, ainda que ele sofra alterações no decorrer do caminho.