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Datathon premia soluções inovadoras para pessoas com deficiência

Confira a classificação e as ideias apresentadas pelas equipes participantes dessa competição de inovação aberta

 No dia 26 de junho, aconteceu a terceira edição do Datathon. O evento premiou os três melhores projetos que visavam encontrar soluções para os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência no serviço público. 

O evento, promovido pela Enap e pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, foi uma competição de inovação aberta utilizando a metodologia de maratona de dados. O Datathon foi dividido em quatro fases principais: conceitos; design de problema; ideação e prototipagem; e pitch.

Participaram servidores públicos, estudantes, acadêmicos e outras pessoas, com e sem deficiência, todos interessados em descobrir como os dados disponíveis poderiam fornecer informações úteis para buscar soluções no âmbito do Executivo Federal que aumentem a contratação e a ascensão de pessoas com deficiência ao serviço público e a cargos de liderança.

 

Participantes e classificação do Datathon

A equipe “Crisálidas”, composta por 5 pessoas, foi a vencedora da edição de 2024. A proposta do grupo se baseou na criação de um portal para auxiliar órgãos federais na contratação de serviços e equipamentos para adaptação e inclusão das pessoas com deficiência.

O coordenador-geral de Ciência de Dados da Enap, Pedro Masson, salientou que a competição agregou diferentes aspectos que sua coordenação tem trabalhado. "O Datathon é uma iniciativa que une aquilo em que acreditamos. Em primeiro lugar, o tema de dados não é assunto apenas de TI. Além disso, a diversidade enriquece as análises e o uso de dados", afirmou ele.

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Das cinco equipes que participaram, três foram premiadas e duas receberam Menção Honrosa. Uma novidade desta terceira edição é que todas as análises de dados realizadas pelas equipes serão incluídas em uma publicação que reunirá o conhecimento gerado durante o evento.

Confira a classificação das equipes: 

1º - Crisálidas

2º - Hefesto

3º - Pessoas com Excelência

Menção Honrosa – Jangada

Menção Honrosa – Suprema Inclusão

Keicielle Schimidt, coordenadora-geral de Inovação Aberta da GNova, ressaltou que o perfil de metodologia aplicado no Datathon facilita a capacidade de colaboração dos grupos e amplia o potencial de haver soluções que vão resolver de fato os problemas. “A gente ouviu aqueles que lidam com os problemas, e não só quem está ali atrás de uma mesa no escritório imaginando o que pode ser a solução. Estou muito satisfeita com o resultado”, afirmou.

 

Outras soluções apresentadas 

Também estão entre as propostas apresentadas, a criação de um cadastro único da pessoa com deficiência no serviço público e de um programa para combater o capacitismo estrutural e a falta de perspectiva de futuro na carreira. Esses são alguns dos principais entraves identificados pela equipe para a ascensão de pessoas com deficiência a cargos de liderança no Executivo. Para isso, seria criado um site para ajudar na construção da autoestima, para que o servidor tenha confiança para almejar cargos de liderança e crescer na carreira pública.

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Além dessa proposta, foi sugerida a capacitação de mais ledores e intérpretes de libras no Executivo Federal, bem como a implementação de novos cursos voltados à capacitação de pessoas com deficiência e à inclusão desse público, como os já oferecidos pela Enap para fomento de liderança de mulheres negras, por exemplo.

Houve ainda a proposta de criação de um “Observatório da Inclusão”, para monitorar as taxas de ocupação de vagas e de cargos de chefia por pessoas com deficiência em órgãos federais, e de editais específicos para pessoas com deficiência em concursos públicos. Todas as equipes utilizaram o cruzamento de dados disponíveis em sistemas do governo federal para embasar as soluções idealizadas, mostrando o baixíssimo grau de cargos públicos ocupados por pessoas com deficiência, muitas vezes abaixo do mínimo de 5% exigido em concursos públicos pela lei atual.

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